E com tal zelo, e sempre, e tanto...

domingo, 11 de novembro de 2012

Aos poucos o aperto na garganta cessa, o medo de "abrir a janela" também. Não há nada que possa tirar meu riso, aquele alegre, que quando profundo, vem com lágrimas. Só que agora, as lágrimas enchem o peito de emoção, de vida pulsando. Palavras doces, não ensaiadas, não ditas anteriormente, se não saem, saem gestos, carinhos e sorrisos. Esta paz derradeira que enfim vai nos redimir, nos enaltecer, nos fazer carne e sangue e casa, casa onde a tristeza não nos alcança, nem a mentira nos seduz (e como ela pode inebriar teus sentidos, cuidado, filho!). A esperança vinda do brilho de nossos olhos, faz-nos alheios muitas vezes a toda feiúra que nos cerca. Feiúra real, decadência, aparência comprada, por mais que isso não seja o nosso presente, há a parte que dói, a parte humana sofrida, que anseia pela verdade, até mesmo pela queda para o crescimento. Mas depois de tudo, a vida ainda é bela, é bom caminhar, assim como é bom teu ombro e teu colo. Então o meu riso volta, sempre volta. Sempre, sempre, sempre, que palavra linda para isso! E estávamos cantando The Sound of Silence, no início d'A Primeira Noite de Um Homem, pela mílésima vez, e a lágrima cai de novo. Assim como quando eu percebo que posso trazer alegria a alguém (a ti), e misturam-se, esses descontrolados irmãos, o riso e a lágrima, e vejo que há como ser, às vezes, infinitamente feliz.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindíssimo...

Jorge Leandro Carneiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Leandro Carneiro disse...

Textos sobre amor e relacionamento não são nenhuma novidade na blogosfera, mas um blog como esse, que foge da mesmice e da mediocridade é sempre uma surpresa feliz. Belo texto!

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