Somos tão jovens.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Somos tão jovens e temos uma energia imensa. Nossas ideias, loucuras, utopias, manias e atitudes caracterizam a geração.  E haveremos de continuá-la.
Somos tão jovens e morremos. Morremos de amor, morremos de tédio, morremos de raiva... Sentimentos aflorados, cabeça despreparada.
Somos tão jovens vivendo e lutando. Vivemos e lutamos, principalmente quando tentamos definir nossas bases. Aquilo tudo que queremos levar pro resto de nossos dias.
Somos tão jovens e as efemeridades também nos consomem.
Somos tão jovens e tão medíocres que escapamos num boêmio estilo de vida. Prendemo-nos numa realidade sem perspectiva. Pensamos sermos deuses fazendo uso de drogas, estarmos acima do bem e mal, por nossas ideias errôneas e pretensiosas. Falsos poetas à caminho da destruição. Só à espera da próxima festa.
Somos tão jovens que ainda acreditamos em deixar uma marca nossa no mundo. Acreditamos no amor. Acreditamos na paz. Acreditamos na igualdade. Acreditamos na justiça. Acreditamos que tudo de benéfico que podemos fazer a outro ser, é o que realmente faz sentido. E se não for isso, o que será então? Percorrendo uma estrada ora tortuosa, ora prazerosa, deixando pequenos fragmentos de luz que saem de nossos corações tão jovens.

Alguma prosa subjetiva.

domingo, 23 de outubro de 2011

Que primavera é essa oh meu Deus! Dores, de cabeça, de existência, de amor... Gostos, doces, amargos, e sem graça. À espera da luz no fim do que mesmo? A sombra sempre foi acolhedora, pra quem não havia descoberto a beleza dos atos, fatos e sentidos. Essa dualidade de sentimentos e sensações; amor-raiva, cansaço-euforia, desapego-esperança, vai nos arrastando pra um lugar comum em que a única certeza é estar-se deslocado. Mas tentamos. Deslocamo-nos. Pra onde? Eu, particularmente, e por incrível que pareça, em direção à verdade de tudo isso. Em direção daquilo que ainda me encanta, mas que assombra. Memórias que aparecem a todo instante e pedem abrigo na minha mente. Enquanto dou alguns passos à frente, outros pra trás, vou me envolvendo e tentando me desvencilhar. É tudo tão contraditório!
Imagino chegar o dia em que haja só tranquilidade. E temo esse dia! Minhas inquetações estarão sanadas. E eu nem quero isso. Quero viver em poesia, por favor. Quero que as coisas deem certo, e que sejam intensas. Tranquilidade e nada não me resolvem. Enquanto esses tempos vão passando, lá estou, esperando a banda passar, com um coração corroído por aquele “tu” ausente do meu lado.