E com tal zelo, e sempre, e tanto...

domingo, 11 de novembro de 2012

Aos poucos o aperto na garganta cessa, o medo de "abrir a janela" também. Não há nada que possa tirar meu riso, aquele alegre, que quando profundo, vem com lágrimas. Só que agora, as lágrimas enchem o peito de emoção, de vida pulsando. Palavras doces, não ensaiadas, não ditas anteriormente, se não saem, saem gestos, carinhos e sorrisos. Esta paz derradeira que enfim vai nos redimir, nos enaltecer, nos fazer carne e sangue e casa, casa onde a tristeza não nos alcança, nem a mentira nos seduz (e como ela pode inebriar teus sentidos, cuidado, filho!). A esperança vinda do brilho de nossos olhos, faz-nos alheios muitas vezes a toda feiúra que nos cerca. Feiúra real, decadência, aparência comprada, por mais que isso não seja o nosso presente, há a parte que dói, a parte humana sofrida, que anseia pela verdade, até mesmo pela queda para o crescimento. Mas depois de tudo, a vida ainda é bela, é bom caminhar, assim como é bom teu ombro e teu colo. Então o meu riso volta, sempre volta. Sempre, sempre, sempre, que palavra linda para isso! E estávamos cantando The Sound of Silence, no início d'A Primeira Noite de Um Homem, pela mílésima vez, e a lágrima cai de novo. Assim como quando eu percebo que posso trazer alegria a alguém (a ti), e misturam-se, esses descontrolados irmãos, o riso e a lágrima, e vejo que há como ser, às vezes, infinitamente feliz.

O mundo é um moinho.

domingo, 4 de novembro de 2012

A “saudade” antecipada, a pureza perdida, a ilusão acabada. O despertar de um pesadelo nem sempre é um alívio. Ter de encarar todas essas caras reais não me faz sentir melhor. Não há como não ser pequeno e não sentir nojo e mágoa. Não importa, nobreza nunca se fez presente nessa tal circunstância. Não haverá justiça agora, tampouco.

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O que realmente me anima é que agora há um caminho.

E há bondade, proteção e simplicidade. E por que isso haverá de ser proibido? Se bem que... Eu escolhi o tarde demais, há tanto tampo. E poderia dizer: eu tive de passar por tudo para agora tudo ser cabível e caber dentro da parte mais bonita de mim. E recuperar pouco de fé na humanidade, assim.

"And after all, you’re my wonderwall." Sempre, sempre foi.

Profundamente, diferentemente de tudo. Mas... tão longe de mim. A parede que eu criei. Ah, posso estar sonhando, outra vez. Queria te deixar algum significado, algum enigma, alguma qualquer lembrança feliz. Talvez eu tenha te ferido, quando errei a estrada. Talvez se formasse algo tão novo. Talvez tu me ouvisse, dessa primeira vez.

Tento.

domingo, 27 de maio de 2012

“De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.” - Renato Russo

Então há os fantasmas, que aparecem assim, do nada, e viram tudo do avesso. Como posso conviver com eles? Perdão? Ah, eu havia esquecido que agora tudo é diferente.


Vou recomeçar isto, tentar colocar o tal sentido que tanto é procurado. Responder àquelas perguntas dos momentos ridículos e pesados. A verdade é que o mais real é confuso.


Quero conforto. Preciso deixar de lado as idealizações. Tornando tudo uma grande contradição, mas agora, já não há mais como disfarçar o que há tempos tentei. Deixa.


Fugir apenas da amargura e da falta de fé. A cabeça sempre vai pesar, o importante é sentir algo, porque o nada destrói. Sentir nem que não se saiba bem o que.


Tentativa é a lei, sempre foi. Só não sei até quando, e pra onde isso tá levando. O que importa, é que assim dói menos. E assim é mais bonito. Assim se vive.